Dia do Dentista teve ação social com famílias de refugiados venezuelanos em abrigo

Curso de Odontologia comemora resultados e pretende repetir ação em outros locais

11/11/2021

É natural que cursos de graduação levem seus alunos a participarem de eventos externos de atendimento à comunidade. São iniciativas que colocam a academia em contato direto com a população, beneficiando a região e contribuindo com a formação dos estudantes.

E o curso de Odontologia do UNIPÊ promoveu uma ação especial para marcar o Dia do Dentista, celebrado em 25 de outubro: atender famílias de refugiados venezuelanos que se encontram em um abrigo em João Pessoa.

Conforme explica o Prof. Marcos Vasconselos, coordenador do curso, foram realizadas “ações de educação para a saúde bucal, escovação com aplicação de flúor e uma avaliação odontológica para direcionar as necessidades para a clínica-escola”.

A atividade foi muito importante para os estudantes, que puderam vivenciar a prática da profissão e promover cidadania. “Os alunos se mostraram muito interessados desde a proposta do evento, muito engajados no momento, com vontade de fazer acontecer”, disse a Profa. Camilla Brito, que esteve à frente das atividades.


Dinâmica dos atendimentos

Contatada pela Profa. Juliana Abath, docente do curso de Fisioterapia que coordena ações com a residência médica em abrigos, Camila informou que nove alunos participaram da atividade, sendo atendidas 23 pessoas. “Todas foram avaliadas e passaram pela orientação de escovação bucal. Fizemos exame clínico para conferência das necessidades de saúde bucal e levamos fichas de triagem para fazer anotações e direcionar os casos para a clínica certa”, disse.

A orientação teve distribuição de kits de escova e pasta de dentes e um “escovódromo”, onde as famílias puderam treinar a escovação observando as orientações em macromodelos. “Fizemos demonstrações em peças de boca em tamanho aumentado e eles reproduziram os procedimentos”, contou a professora, acrescentando que os venezuelanos não falam português e que o líder do abrigo ajudou na tradução para o idioma nativo deles, o Warao.

Das pessoas avaliadas, muitas tinham lesões de cárie e necessidade de extração de dentes, além de tratamentos de canal e de gengiva.


Novas ações

Os alunos se mostram empolgados com a possibilidade de novas ações em outros abrigos da cidade. “Assim que terminaram, eles queriam saber quando seria a próxima. Isso me deixou bem feliz. Acaba sendo um impacto grande se deparar com uma realidade tão diferente. Cria-se outro olhar sobre o paciente, porque uma coisa é você atendê-lo dentro da clínica, onde não se tem ideia de onde ele veio, sob quais condições ele vive. E quando vamos até o paciente, começamos a observar esses outros fatores, a influência que isso tem na saúde bucal. Então eu considero isso bem importante”, conclui a professora Camila.